Dilma Rousseff decidiu demitir o presidente do INSS, Mauro Luciano
Hauschild. Abespinhou-se ao saber que o auxiliar havia tirado licença de 20
dias para participar de campanhas municipais no seu Estado, o Rio Grande do
Sul. Avaliações periódicas feitas pelo governo mostraram uma deterioração dos
indicadores de desempenho do INSS. Ao juntar os dois fatos, a presidente desceu
a lâmina.
Nesta terça (16), Dilma chamou ao seu gabinete o vice-presidente Michel
Temer. Nesse encontro, cuidou de apagar um princípio de incêndio. Circulava
pelos subterrâneos de Brasília o rumor de que o petista Carlos Gabas, atual
secretário-executivo da Previdência, passaria a responder também pelo comando
do INSS. Dilma negou.
A presidente disse a Temer que aguarda do PMDB a indicação de um novo
nome para o INSS. O demitido Mauro Hauschild fora alçado ao cargo em janeiro de
2011. Ex-procurador previdenciário, era chefe de gabinete de José Dias Toffoli,
no STF. Mas fora guindado ao posto na cota do PMDB do Senado, sob
apadrinhamento do líder Renan Calheiros (RN). Ministro da Previdência, o
senador licenciado Garibaldi Alves (PMDB-RN) referendara a indicação.
Temer passou adiante a orientação de Dilma. Caberá à bancada de
senadores do PMDB oferecer sugestões de nomes para o INSS. Considerando-se os
contornos do afastamento de Mauro Hauschild, o substituto deve ter perfil
técnico. O defenestrado decidira fazer política no Rio Grande do Sul porque
está de olho numa cadeira de deputado federal. Deseja candidatar-se à Câmara em
2014. Dilma achou melhor fornecer-lhe tempo para dedicar-se à política.
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